Na última conferência, na África do Sul, houve o avanço de que que todos os países - mesmos os em desenvolvimento - se comprometeram a participar de um novo acordo pelo qual empreenderão esforços para restringir suas emissões. A conferência de Doha será a oportunidade de finalizar negociações secundárias iniciadas em 2007, em Bali, para que o novo processo seja iniciado efetivamente, além da renovação do Protocolo de Kyoto, único acordo já ativo pelo qual parte dos países ricos se compromete a reduzir seus gases estufa, mas que está expirando.
Em entrevista , o negociador-chefe da delegação brasileira em Doha, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, e a representante do país nas discussões da cúpula sobre uso da terra e florestas, a pesquisadora Thelma Krug, concordaram que a cúpula do Qatar terá a prioridade de definir a continuidade do Protocolo de Kyoto.
Eles afirmam que também há a necessidade de os governos apararem importantes arestas da agenda para que se inicie o processo de negociação do novo acordo global, mais abrangente que o Protocolo de Kyoto.
"A crise do clima não pode esperar. Temos que agir o mais rápido possível para limitar o aumento da temperatura em 2 ºC até o fim do século. Isso requer uma ação urgente", disse Figueiredo.
O novo tratado (ou protocolo) está previsto para ser assinado em 2015 e entrar em vigor a partir de 2020 – tempo de espera considerado longo por nações vulneráveis para assumir compromissos mais firmes. “É importante que se fechem [acordos] para que possamos começar uma nova negociação, caso contrário, não haverá clima de confiança que leve a uma nova discussão”, disse Figueiredo.
Fonte: G1.com